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Álbum da Semana: “London Calling"

Ouça este álbum, do lado A ao lado B, de domingo para segunda à noite, entre as 00h-01h.

Álbum da Semana: “London Calling"

Álbum da Semana com Sandra Ferreira

“London Calling”  

Os Clash chegaram a ser apelidados" The Only Band That Matters", houve momentos durante a sua carreira em que essa denominação não parecia tão absurda, um desses momentos começou em dezembro de 1979, quando lançaram o duplo “London Calling” que apresenta uma fusão única de punk, rockabilly, reggae, R&B e pop, diferente de tudo o que já se ouviu antes ou depois. 

O álbum teve impacto imediato nos tops, chegou ao número 9 no Reino Unido e nos Estados Unidos subiu até ao número 27 da Billboard 200.  

A capa de “London Calling” é uma das mais icónicas de sempre. A imagem de Paul Simonon a destruir o seu baixo é um símbolo da rebeldia do punk rock, é da autoria de Pennie Smith que não queria usá-la por estar desfocada. O líder da banda Joe Strummer achou que essa imperfeição técnica lhe trazia autenticidade. Em 2002, foi eleita pela revista Q como a melhor fotografia de sempre da história do rock.  

Votado pela Rolling Stone como o melhor álbum dos anos 1980. Quando o ouvimos, é fácil perceber por que é que ele ainda vive nas listas das melhores obras de sempre. 

Curiosidades sobre este disco

O Título   

O título do disco vem da frase usada pela BBC durante a Segunda Guerra Mundial: "This is London Calling." Joe Strummer e Mick Jones usaram a expressão como uma forma de chamar atenção sobre a instabilidade social, económica e política do Reino Unido no final dos anos 70.  

A Capa  

A capa do álbum é uma das mais famosas da história da música, com Paul Simonon a destruir o seu baixo durante um concerto em Nova Iorque a 20 de Setembro de 1979. O momento foi captado por Pennie Smith. Simonon levou com a guitarra na testa, partiu o relógio e ofereceu-o à fotógrafa. O relógio marcava 21.50h e o baixo Fender Precision partido, está agora no Museu de Londres. 

Diversidade Musical   

O álbum é frequentemente descrito como um marco do punk rock, mas vai muito além. A banda juntou-lhe elementos de reggae, ska, rockabilly, jazz e até R&B, mostrando uma versatilidade que poucas bandas punk tinham na época.  

A faixa escondida  

"Train in Vain" foi adicionada ao álbum no último minuto, a capa já estava pronta e impressa. Por isso, inicialmente, não aparecia na lista de faixas, o que levou muitos fãs a tratá-la como “faixa escondida”. Apesar disso, tornou-se um dos maiores sucessos do álbum.   

TOP 5

1. "London Calling" 

É o hino deste terceiro álbum dos The Clash, tem uma batida marcante e um riff de guitarra viciante. Segundo a revista Rolling Stone, nos primeiros rascunhos do caderno de Joe Strummer a música chamava-se “Ice Age”.    

2. "The Guns of Brixton"

Foi a primeira composição de Simonon e provavelmente quando a mostrou aos colegas de banda não imaginava que tinha criado um dos grandes clássicos dos Clash. 

3. "Train in Vain" 

Era a “faixa escondida”, foi adicionada já depois da capa do álbum estar impressa. Tornou-se um clássico instantâneo e foi amplamente sampleada e regravada por vários artistas, entre eles Annie Lennox e Manic Street Preachers.   

4. "Spanish Bombs" 

Joe Strummer inspirou-se uma reportagem sobre um ataque de terroristas Bascos a um hotel no sul de Espanha, numa época em que o IRA também estava bastante ativo no Reino Unido. Esta música é rica em camadas e talvez por isso uma das mais apreciadas pelos fãs da banda.   

5.  "Clampdown" 

É rock a todo o vapor!  Um ataque feroz ao conformismo e à opressão, "Clampdown" é uma das músicas mais potentes do álbum.