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Agência Lusa
27 março 2023, 17:49
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Dono do grupo Impala fica em liberdade com caução de 500 mil euros

Dono do grupo Impala fica em liberdade com caução de 500 mil euros
Pixabay
Agência Lusa
27 março 2023, 17:49
Jacques Rodrigues ficou proibido de sair para o estrangeiro e sujeito à entrega do passaporte.

O dono do grupo de comunicação social Impala, Jacques Rodrigues, vai ficar em liberdade mediante o pagamento de uma caução de 500 mil euros, decidiu hoje o Tribunal de Instrução Criminal de Sintra relativamente ao processo “Última Edição”.

Segundo informação veiculada pelo tribunal, que considerou “verificados os perigos de fuga, perigo para a aquisição e conservação da prova e perigo de continuação da atividade criminosa”, Jacques Rodrigues ficou também proibido de se ausentar para o estrangeiro e sujeito à obrigação de entregar o passaporte.

O empresário ficou ainda suspenso do exercício de funções no grupo Impala e proibido de contactar com os restantes arguidos, à exceção dos familiares (Maria José Correia, Jaques Gil, Cláudio Rodrigues e Ana Paula Rodrigues), e com as técnicas de contabilidade da Nucase e as testemunhas indicadas.

O filho do empresário, Jacques Gil Rodrigues, ficou apenas sujeito à medida de coação menos gravosa – Termo de Identidade e Residência (TIR).

O advogado Natalino Vasconcelos e o contabilista José Rito ficaram também apenas com o TIR, a suspensão de funções no grupo Impala e a proibição de contactos com os outros arguidos e demais testemunhas.

Os quatro arguidos estavam detidos desde quinta-feira na sequência da operação “Última Edição” desencadeada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ), na qual se suspeita da prática dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, insolvência dolosa agravada, burla qualificada e falsificação ou contrafação de documentos. No âmbito desta operação foram constituídos 10 arguidos.

Em causa, segundo a nota então divulgada pela PJ, está uma investigação criminal sobre um plano criminoso traçado para ocultar a dissipação de património, através da adulteração de elementos contabilísticos de diversas empresas, em claro prejuízo de credores, trabalhadores, fornecedores e o Estado, estando reconhecidos créditos num valor total de cerca de 100 milhões de euros.