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Redação / Agência Lusa
05 junho 2023, 15:59
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JMJ: Plano de saúde prevê 75 equipas móveis e planos de contingência para hospitais

JMJ: Plano de saúde prevê 75 equipas móveis e planos de contingência para hospitais
LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS
Redação / Agência Lusa
05 junho 2023, 15:59
O ministro da Saúde garante que o reforço de meios previsto não vai pôr em causa o funcionamento do INEM ou do Serviço Nacional de Saúde.

O plano do Ministério da Saúde para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) prevê a mobilização de 75 equipas móveis de suporte básico de vida e os principais hospitais terão planos de contingência para eventuais situações de exceção.

"Há que compreender que não se trata de um evento localizado, mas descentralizado ao longo do país, em que, durante a última semana de julho, temos vários eventos a decorrer em 17 dioceses, 15 das quais no continente e as outras nas ilhas", adiantou António Marques, presidente da comissão que elaborou o plano de saúde para a JMJ.

Na apresentação do plano, António Marques adiantou que para os vários eventos serão mobilizadas diversas equipas de suporte básico de vida, estando previstos pelo menos 75 postos fixos e 75 equipas móveis de socorro, assim como 10 postos médicos avançados do INEM.

No caso de situações de exceção, estão também previstos planos de contingência para os hospitais com maior capacidade de resposta no país, na perspetiva de uma articulação em rede, adiantou ainda António Marques.

Em abril, o Ministério da Saúde criou, através de um despacho, uma comissão que ficou encarregue de elaborar e acompanhar o plano de resposta do Ministério da Saúde para a JMJ e para a visita do Papa Francisco a Portugal.

Com esta comissão, presidida pelo médico António Marques, o ministério pretendeu "garantir uma resposta atempada, estruturada e eficaz no âmbito da saúde e da gestão dos seus recursos" durante os vários eventos previstos para julho e agosto.

O ministro da Saúde disse ainda que o reforço de meios previsto no plano do Governo para a Jornada Mundial da Juventude não vai pôr em causa o funcionamento do INEM ou do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Não vai prejudicar de maneira nenhuma, porque são serviços em redundância àquilo que é o serviço normal do INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica], que continuará assegurado com os mesmos recursos”, disse Manuel Pizarro.

O ministro da Saúde falava aos jornalistas no final da sessão de apresentação do Plano do Ministério da Saúde para a JMJ 2023.

“O volume dos meios [do INEM] é absolutamente impressionante”, tinha dito o ministro minutos antes, durante o encerramento da sessão.

Sem precisar quantos profissionais estarão envolvidos, Manuel Pizarro disse que serão “muitas centenas”, nem todos médicos, e assegurou que o reforço não vai pôr em causa o funcionamento normal do INEM ou do SNS, uma vez que são “meios adicionais”, muitos dos quais voluntários.

Antes da Jornada Mundial da Juventude, as dioceses de todo o país vão promover o encontro de jovens de todo o mundo, com a chegada dos peregrinos a ocorrer de 26 a 31 julho.

A comissão integrou representantes do Ministério da Saúde na Comissão de Acompanhamento do Grupo de Projeto para a organização da JMJ, da Direção-Geral da Saúde, da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde, da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), do Instituto Ricardo Jorge (INSA), do INEM e das várias administrações regionais de saúde, entre outras entidades públicas do setor.

Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se entre 01 e 06 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.

As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

A JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

A edição deste ano, que contará com o Papa Francisco, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia da covid-19.