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Agência Lusa
21 maio 2024, 13:45
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CIP pede descida do IRC a Luís Montenegro

CIP pede descida do IRC a Luís Montenegro
Armindo Monteiro CIPLusa/Filipe Amorim
Agência Lusa
21 maio 2024, 13:45
Presidente da Confederação Empresarial diz que é necessária para uma economia que "dê mais para todos".
O presidente da CIP, Armindo Monteiro, apresentou hoje, numa reunião com o primeiro-ministro, um conjunto de medidas para uma economia de maior valor acrescentando que é necessário para que a economia "dê mais para todos".

"As propostas que trouxemos fazem parte de um conjunto de propostas na área da economia e com satisfação vimos que o Governo tem, não apenas no seu programa, mas agora verbalizado pelo primeiro-ministro, a mesma preocupação no sentido de tornar não empresas prósperas, mas portugueses prósperos", afirmou Armindo Monteiro à saída de uma reunião com Luís Montenegro.

O presidente da CIP -- Confederação Empresarial de Portugal, encontrou-se esta manhã com o chefe do Governo português na Residência Oficial do primeiro-ministro, em Lisboa.

"O compromisso da CIP é efetivamente tornar uma economia que seja de maior valor acrescentado. Isso significa poder pagar melhores salários. Se nós não crescermos, não é possível pagar melhores salários", acrescentou o presidente da confederação empresarial.

Armindo Monteiro admitiu que a transformação não poderá ser feita de imediato, mas que "é preciso marcar o caminho para lá chegar".

Nesse sentido, apontou que os empresários pretendem aumentar salários, mas que esses aumentos "não podem resultar de uma vontade unilateral".

Para o responsável da CIP, a subida dos salários através do crescimento económico é "a única forma" de haver "uma economia sustentável".

Entre as medidas propostas pelos empresários está a redução do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC), que tem sido defendida nos últimos meses.

No seu programa de Governo, a AD propõe uma redução do IRC de 21% para 15%, ao ritmo de 2 pontos percentuais por ano, a eliminação gradual da progressividade da derrama estadual e a eliminação gradual da derrama municipal, assegurando, no caso desta última, "a compensação através do Orçamento do Estado da perda de receita para os municípios".

Questionado sobre uma convergência entre a CIP e o atual Governo neste aspeto, Armindo Monteiro apontou que é "uma variável importante".

"A questão do IRC é importante porque nós não vivemos sozinhos no mercado, nem na Europa, nem no mundo", afirmou, acrescentando que a atual estrutura fiscal em Portugal, aliada à burocracia, pode limitar investimento estrangeiro no país.