Álbum da Semana: “Welcome to the Pleasuredome”
Ouça este álbum, do lado A ao lado B, de domingo para segunda à noite, entre as 00h-01h.
Álbum da Semana com Sandra Ferreira
Lançado em outubro de 1984, “Welcome to the Pleasuredome”, o primeiro álbum dos Frankie Goes To Hollywood, foi tudo menos discreto. Este disco é uma celebração do excesso, da irreverência e da ousadia.
Com a produção de Trevor Horn, conhecido por transformar canções em autênticos épicos sonoros, o álbum levou os singles `Relax´, `Two Tribes´ e `The Power of Love´ para os primeiros lugares das tabelas de vendas, criando polémica, mas também garantindo um lugar especial na história da música.
Não era só música: era uma experiência. O álbum tinha uma narrativa quase cinematográfica, com momentos que vão do eufórico ao contemplativo, há sintetizadores, beats energéticos e a poderosa voz de Holly Johnson.
Então, esta semana, deixo o desafio: volte a mergulhar neste universo e redescubra porque é que os Frankie Goes To Hollywood foram, e sempre serão, uma banda à frente do seu tempo.
TOP 5
1. "The Power of Love"
Digamos que esta é uma música de Natal, não natalícia. A editora decidiu gravar um vídeo sobre o nascimento de Jesus, porque o single ia sair em novembro e acharam que seria uma boa associação com efeito positivo nas vendas. Assim aconteceu. A música chegou ao N. 1 do top de vendas no Reino Unido, mas foi destronada pelo "Do They Know It's Christmas?" do Band Aid .
É uma balada épica e intemporal. Holly Johnson entrega uma das performances vocais mais emocionantes do disco, numa canção que fala de amor com uma intensidade quase religiosa
.
2. "Two Tribes"
A produção explosiva de Trevor Horn e um groove que nos transporta diretamente para os anos 80. Tema político que continua atual.
3. " The War"
O original é dos anos 70 de Edwin Starr. A canção tornou-se um hino contra a guerra com o seu refrão icônico: "War! What is it good for? Absolutely nothing!".
Os Frankie Goes To Hollywood transformaram a faixa em algo mais dramático, carregado de sintetizadores, batidas e a teatralidade de Holly Johnson, dando-lhe um tom quase apocalíptico.
4. "Welcome to the Pleasuredome"
13 minutos que misturam erotismo, fantasia e aventura, como se estivéssemos num sonho psicadélico onde tudo é possível.
5. "Relax"
Esta é a jóia na coroa dos Frankie Goes to Hollywood e que quase foi censurada pela BBC. Quando o locutor disse que era uma música obscena, já a música era um sucesso na estação. É um hino hedonista, com sintetizadores ousados e uma batida irresistível que ainda hoje domina nas pistas de dança.
Qual é a sua preferida?