Legislativas24: Propostas dos partidos na área do emprego/economia
A menos de duas semanas das eleições legislativas, colocamos hoje o foco nas principais medidas dos partidos com assento parlamentar na área da economia e emprego.
Entre os dois maiores concorrentes, encontramos uma Aliança Democrática mais otimista e um Partido Socialista mais cauteloso.Os dois querem maior crescimento económico, mas por caminhos diferentes. A AD aponta à redução de impostos para colocar o pib a crescer 3,4% no final da legislatura. Seria um milagre, diz o PS, que perspetiva um PIB a crescer apenas 2,2% nos próximos quatro anos, no melhor dos cenários. A equipa de Pedro Nuno Santos quer apostar no investimento nos serviços públicos e na descida seletiva do IRC.
Mas também há propostas comuns entre desde logo, no salário mínimo nacional. PS e AD querem o valor nos mil euros até ao final da legislatura. No que toca a pensões, a AD só se compromete com a subida do complemento solidário para idosos, enquanto os socialistas querem rever a fórmula de cálculo e sugerem uma reforma da segurança social.
Noutros pontos, a AD admite a venda imediata da TAP, tal como a Iniciativa Liberal. Os socialistas admitem avançar com a privatização.
Ideia diferente têm o Bloco de esquerda e a CDU que preferem o controlo público de setores básicos e estratégicos. Manter a TAP pública, recuperar o controlo dos CTT pelo Estado, constituir um operador público de telecomunicações são algumas das propostas.
Na mesma linha, o livre quer suspender privatizações, concessões e as parcerias público-privadas. Chega e Iniciativa Liberal, por outro lado, querem reduzir o peso e intervenção do Estado na economia
Para o PAN a aposta deve passar por uma economia do bem-estar e da felicidade, que privilegie outros indicadores para além do PIB, e quer um "investimento contínuo" na transição energética.
A generalidade dos partidos defende um reforço do investimento público.
No capítulo do trabalho, o Chega quer o salário mínimo nos mil euros até 2026. Propõe ainda bonificações para trabalhadores e empresas que prolonguem tempo de vida ativa e facilitar acumulação de pensão de reforma com rendimentos de trabalho. O partido de André Ventura quer também aumentar a licença parental para 12 meses.
A Iniciativa Liberal propõe Zonas Económicas Especiais de baixa fiscalidade no interior do país para atrair investimento, além de Implementar Contas-Poupança isentas de impostos.
O Bloco de Esquerda defende a criação de um imposto sobre doações e heranças e outro sobre grandes fortunas.
A CDU quer a redução do horário de trabalho para as 35 horas para todos, e o salário mínimo nos 1000 euros já em 2024.
O PAN defende um programa de emergência fiscal, que garanta a reposição do IVA Zero e a revisão dos limites dos escalões de IRS.
E o Livre quer aumentar as fontes de receita do Estado e fomentar redistribuição através do combate à evasão fiscal.