Ouça a M80, faça o download da App.
Agência Lusa
29 maio 2024, 18:20
Partilhar

Governo tem "plano B" se algo correr mal com cadernos desmaterializados nas eleições europeias

Governo tem "plano B" se algo correr mal com cadernos desmaterializados nas eleições europeias
LUSA
Agência Lusa
29 maio 2024, 18:20
A desmaterialização dos cadernos eleitorais permitirá aos eleitores votar em qualquer mesa à sua escolha nas europeias.

 A ministra da Administração Interna assegurou hoje que "há um plano B para o caso de algo correr mal" com a desmaterialização dos cadernos eleitorais que permitirá aos eleitores votar em qualquer mesa à sua escolha nas europeias.

Em declarações na Assembleia da República no âmbito de uma audição, a pedido da Iniciativa Liberal, na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Margarida Blasco afirmou de que a organização deste processo eleitoral está preparada "para todos os cenários".

"Os técnicos e todos aqueles que estão a trabalhar nesta eleição estão preparados e têm planos B para o caso de algo correr mal (...) há um plano B que pode entrar de imediato em vigor e, portanto, as pessoas podem votar", assegurou Margarida Blasco.

A ministra esclareceu que, no caso de haver uma falha a nível de equipamento, os 20% de computadores adquiridos a mais permitirão a sua substituição imediata, havendo por outro lado uma linha de apoio telefónico às mesas de voto, no caso de a primeira solução falhar.

Este apoio telefónico, detalhou a ministra, será feito em contacto com o 'datacenter' no Tagus Park, em Oeiras, "onde está a Secretaria-geral do MAI relativamente a este evento".

Em resposta a questões levantadas pelos deputados Pedro Delgado Alves, do PS, e Mariana Leitão, da IL, a responsável pela pasta da Administração Interna mostrou-se confiante no processo de desmaterialização dos cadernos eleitorais, sublinhando que têm sido feitos testes de stress ao sistema com resultados positivos.

A ministra sublinhou que os testes feitos já chegaram a um pico máximo de 10 milhões de pessoas em simultâneo e que foi atingida 25% da capacidade do sistema. "Eu penso que é um bom resultado", disse.

Margarida Blasco disse que "tudo o que tecnicamente era possível fazer, foi feito" e que, até ao dia 09, vai haver uma reunião da 'task force' técnica para informar a Administração Interna de "como estão a correr os trabalhos".

Perante uma preocupação levantada relativamente à possibilidade de um eleitor vir a votar duas vezes, Blasco garantiu que a partir do momento em que alguém vota "fica completamente bloqueado", não havendo "possibilidade mínima de votar duas vezes".

Os eleitores portugueses vão poder votar no dia das eleições para o Parlamento Europeu, 09 de junho, em qualquer parte do país, ou também na véspera, se estiverem no estrangeiro, sendo o chamado voto em mobilidade a grande novidade deste ato eleitoral, segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE).

A 15 de maio, o MAI garantia a existência técnicos de informática suficientes para assegurar o voto em mobilidade nas eleições europeias, apesar de, à data, ainda faltarem 218 para apoiarem 23 municípios.