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Agência Lusa
22 maio 2024, 17:26
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Reino Unido marca eleições legislativas para 4 de julho

Reino Unido marca eleições legislativas para 4 de julho
Associated Press
Agência Lusa
22 maio 2024, 17:26
Decisão anunciada pelo primeiro-ministro Rishi Sunak.

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, convocou hoje eleições legislativas para 04 de julho, surpreendendo a maioria dos analistas e políticos que esperavam o escrutínio no outono e confirmando rumores na imprensa e redes sociais. 

"Chegou o momento de o Reino Unido escolher o seu futuro, de decidir se quer aproveitar os progressos alcançados ou arriscar-se a voltar à estaca zero, sem um plano e sem certezas", afirmou numa declaração em Downing Street, onde funcionam o gabinete e residência oficial, após reunir o conselho de ministros.

Sunak disse que os britânicos "terão de escolher quem tem esse plano, quem está preparado para tomar as medidas corajosas necessárias para garantir um futuro melhor para o nosso país".

O primeiro-ministro revelou que recebeu do Rei Carlos III autorização para dissolver o parlamento, o que acontecerá a 30 de maio. A votação terá lugar 25 dias úteis mais tarde.

O anúncio acontece após dados económicos positivos nas últimas semanas, nomeadamente o fim da recessão graças a um crescimento de 0,6% no primeiro trimestre, e a queda da taxa de inflação em abril para 2,3%, o nível mais baixo em quase três anos.

Sunak saudou o número como um sinal de que o seu plano económico está a funcionar.

A legislação britânica dava ao Governo até ao final de maio de 2025 para a realização de eleições e a maioria dos analistas previa que o primeiro-ministro teria interesse em atrasar a data o máximo possível. 

O Partido Conservador, no poder desde 2010, está cerca de 20 pontos percentuais atrás do Partido Trabalhista nas sondagens.

O professor da Universidade de Strathclyde, John Curtice, avisou que os conservadores têm um "enorme desafio" pela frente. 

"Parece ser uma eleição para os trabalhistas ganharem. Há quase duas palavras que me vêm à cabeça no que diz respeito à decisão do primeiro-ministro: ou ele é muito corajoso, ou extremamente imprudente", referiu, em declarações na BBC.