Morreu Maria Quintans
A poetisa e dramaturga Maria Quintans morreu este sábado aos 69 anos, em Lisboa. A notícia foi confirmada junto de fontes próximas da autora.
Quintans tem mais de dez livros editados, entre os quais “Apoplexia da Ideia”, de 2008, “O Silêncio”, de 2013, ou “Se me Empurrares Eu Vou”, publicado em 2019 e que marca o início da relação da autora com a editora Assírio & Alvim.
Em 2015, inicia-se na escrita de dramaturgia, com o monólogo "Décimo Terceiro Andamento". No ano seguinte, escreve a peça infanto-juvenil "Este Não Sou Eu" e em 2019 "A Síndrome da Culpa".
Especialista e apaixonada pela obra de Bergman, em abril deste ano viu subir ao palco o espetáculo "Os demónios não gostam de ar fresco", de sua autoria, peça dirigida por Álbano Jerónimo e Cláudia Lucas Chéu. Sobre este espetáculo original, a autora explicaria: “A ideia de escrever uma peça para teatro com personagens que fazem parte do imaginário de Ingmar Bergman surgiu há muitos anos. Depois de muitas visualizações dos seus filmes e pesquisa das suas questões sobre o mais profundo de nós, humanos, concluo que Bergman encontrou na literatura e nas artes cénicas uma forma de recriar e questionar a condição humana. Bergman foi um dos maiores artistas do século XX. Foi um obsessivo e perfeito investigador da alma humana e retirou do palco muito do material que precisou para os seus 56 filmes.”
Maria Quintans foi fundadora da Revista Inútil, da qual foi diretora editorial e tem poemas incluídos em várias antologias e revistas portuguesas, brasileiras e espanholas.
A Ministra da Cultura já manifestou "profundo pesar pelo falecimento da poeta, dramaturga e editora Maria Quintans", destacando-a como "interventiva e entusiasta" com uma "notável voz poética, capaz de chegar a diferentes leitores".
Nas redes sociais, são várias as homenagens dos amigos de Maria Quintans.
